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2012 - Livro Vermelho 2013

Guatteria australis A.St.-Hil. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-11-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Guatteria australis é amplamente distribuída na Floresta Atlântica e geralmente ocorre em subpopulações grandes.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Guatteria australis A.St.-Hil.;

Família: Annonaceae

Sinônimos:

  • > Guatteria gomeziana ;
  • > Guatteria lutea ;
  • > Guatteria flava ;
  • > Guatteria hilariana ;
  • > Guatteria hilariana var. latifolia ;
  • > Guatteria hilariana var. angustifolia ;
  • > Guatteria psilopus ;
  • > Guatteria nigrescens ;
  • > Guatteria densicoma ;
  • > Guatteria klotzschiana ;
  • > Guatteria odontopetala ;
  • > Guatteria hookeri ;
  • > Guatteria neglecta ;
  • > Guatteria polycarpa ;
  • > Guatteria polycarpa subsp. drupacea ;
  • > Guatteria glabrescens ;
  • > Guatteria fruticosa ;
  • > Guatteria dusenii ;
  • > Guatteria dusenii var. subglabra ;
  • > Guatteria paranensis ;
  • > Guatteria parvifolia ;
  • > Guatteria parvifolia var. vestita ;
  • > Guatteria salicifolia ;
  • > Guatteria salicifolia var. erosa ;
  • > Guatteria curvinervia ;
  • > Guatteria mosenii ;
  • > Guatteria asterantha ;
  • > Guatteria acutipetala ;
  • > Guatteria reflexa ;
  • > Guatteria silvatica ;
  • > Guatteria blanchetiana ;
  • > Guatteria riedeliana ;
  • > Guatteria dimorphopetala ;
  • > Guatteria clavigera ;
  • > Guatteria penduliflora ;
  • > Guatteria minarum ;
  • > Guatteria hilariana var. cuneata ;
  • > Guatteria hilariana var. verrucosa ;
  • > Guatteria sordida ;
  • > Guatteria sordida var. stenopetala ;
  • > Guatteria sordida var. lancifolia ;
  • > Guatteria sordida var. ovalis ;
  • > Guatteria tenuis ;
  • > Guatteria acutiflora ;
  • > Guatteria australis var. glabrata ;
  • > Guatteria nigrescens var. oblongifolia ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Guateriaaustralisapresenta uma enorme variação morfológica sendo caracterizada no geral pelas folhasde dimensões medianas (5.5-15.0 × 2.0-5.0 cm) com ápice agudo a acuminado, pedicelo floralfrequentemente longo (com até 60 mm de comprimento) e pétalas com ápice acuminado. A espécie varia muitoquanto ao tamanho de folha e presença de indumento. Essas variações morfológicasgeraram uma infinidade de sinônimos (Lobão, 2009). Nome popular "embiú" (Silva; Perelló, 2010).

Dados populacionais

Guatteria australis é amplamente distribuída na Floresta Atlântica e geralmente ocorrem em populações grandes por isso possui baixo risco de extinção. Entretanto, pode se tornar ameaçada localmente onde as subpopulações possuem poucos indivíduos como em Goiás and Rio Grande do Sul (Lobão, com. pess.).A espécie é bastante frequente, em somente sete trabalhos a espécie apresentou 173 ind. Na Serra Negra, Rio Preto,MG, foram amostrados 17 ind. em mata nebular e 9 ind. em mata Montana (Valenteet al., 2011). No Núcleo Picinguaba/PESM, Ubatuba, Campos et al. (2011)amostraram 8 ind. Em clareiras antrópicas em Cananeia, SP, foram amostrados 30ind. e 26 ind. em floresta de restinga (Batista, 2002). Polisel (2011) amostrou13 ind. em uma floresta secundária em Juquitiba, SP. Em floresta ombrófila Mistae Densa Montana em Piraquara, PR foram amostrados cinco ind. (DA: 17,86 ind./ha). Nascimento(2008) amostrou 37 ind. no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, SP. Na Fazenda Irara, Uberlândia, MG, Prado Júnior etal. (2010) amostraram 28 ind.

Distribuição

Ocorre nos Estados daBahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Maas et al., 2012).

Ecologia

Árvores ou arbustosde 1 a 26 m de alt., DAP de 6 a 20 cm. Presença de tricomas áureo-ferrugineosnas gemas, folhas e ramos jovens. Folhas cartáceas, elípticas. Apresenta umaúnica flor creme-amarelada às vezes avermelhada na base, axilar. Frutoelipsoide de coloração atro-vináceo. Ocorre em floresta de galeria no Cerrado, floresta de restinga, de planície, de araucária, semidecidual, submontana, Montana e alto Montana chegando até 2.000 m de altitude. É encontrada também em áreas antropizadas. Floração efrutificação ao longo do ano (Lobão, 2009). Possui polinização por entomofiliae dispersão por zoocoria. Planta esciófila a heliófila, perenifólia (Silva;Perelló, 2010).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha daflora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Criticamente em perigo" (CR), segundo a Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Rara" (R) pela Lista vermelha daflora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: Considerada "Deficiente de dados" (DD) pela Lista vermelha daflora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como Parque Estadual da Serra do Mar, Ubatuba, SP (Campos et al., 2011) e Parque Estadual daIlha do Cardoso, SP (Nascimento, 2008).

Referências

- LOBÃO, A.Q. Filogenia de Guatteria (Annonaceae) e revisão taxonômica das espécies da Floresta Atlântica. Tese de doutorado. Rio de Janeiro, RJ: Escola Nacional de Botânica Tropical, 2009.

- VALENTE, A.S.M.; GARCIA, P.O.; SALIMENA, F.R.G.; OLIVEIRA-FILHO, A.T. Composição, estrutura e similaridade florística da Floresta Atlântica, na Serra Negra, Rio Preto ? MG. Rodriguésia, v. 62, n. 2, p. 321-340, 2011.

- CAMPOS, M.C.R.; TAMASHIRO, J.Y.; ASSIS, M.A.; JOLY, C.A. Florística e fitossociologia do componente arbóreo da transição Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas - Floresta Ombrófila Densa Submontana do Núcleo Picinguaba/PESM, Ubatuba, sudeste do Brasil. Biota Neotrop., v. 11, n. 2, p. 302-312, 2011.

- BATISTA, F.R.D.Q. Caracterização florística e estrutural em áreas abandonadas de agricultura itinerante em Cananeia, Vale do Ribeira, SP. Dissertação de mestrado. Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 2002.

- POLISEL, T.R. Florística e fitossociologia do estrato herbáceo e da regeneração arbórea de trecho de floresta secundária em Juquitiba, SP, Brasil. Ciência Florestal, v. 21, n. 2, p. 229-240, 2011.

- REGINATO, M.; GOLDENBERG, R. Análise florística, estrutural e fitogeográfica da vegetação em região de transição entre as Florestas Ombrófilas Mista e Densa Montana, Piraquara, Paraná, Brasil. Hoehnea, v. 34, n. 3, p. 349-364, 2007.

- NASCIMENTO, E.R. Comunidade Arbórea sobre sambaqui e a vegetação de restinga no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Prática de pesquisa em Ecologia da Mata Atlântica, Universidade de São Paulo, p.1-6, 2008.

- PRADO JUNIOR, J.A.D.; VALE, V.S.; OLIVEIRA, A.P.D.; GUSSON, A.E.; DIAS NETO, O.C.; LOPES, S.D.F. Estrutura da comunidade arbórea em um fragmento de floresta estacional semidecidual localizada na Reserva Legal da Fazenda Irara, Uberlândia, MG. Biosci. J., v. 26, n. 4, p. 638-647, 2010.

- SILVA, J.G.; PERELLÓ, L.F.C. Conservação de espécies ameaçadas no Rio Grande do Sul através de seu uso no paisagismo. Revsbau, v. 5, n. 4, p. 01-21, 2010.

- MAAS, P., RAINER, H., LOBÃO, A. Annonaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB110237>. Acesso em: 20/03/2012.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Guatteria australis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Guatteria australis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/11/2012 - 16:49:42